Prejuízos vão além da falta de combustíveis e já são estimados em R$ 3,1 bilhões em seis estados
Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado na terça-feira (29) aponta perdas de R$ 3,1 bilhões após os oito dias de paralisação dos caminhoneiros, considerando os impactos em seis unidades da federação: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Distrito Federal.
A Associação Comercial e Industrial de Itaquaquecetuba (Acidi), ainda calcula o impacto da greve dos caminhoneiros na cidade. “Ainda não temos um estudo aprofundado de como isso afetou o comércio. Danos nós comerciantes sofremos, mas vamos torcer para que essa situação se normalize o quanto antes para não colocarmos em risco as campanhas do Dia dos Namorados e da Copa do Mundo, afirma Luciano Dávila.
Do total contabilizado até 28 de maio, R$ 1,42 bilhão se refere a perda nas vendas de combustíveis e lubrificantes. Soma-se ainda R$ 1,73 bilhão relativos à restrição da oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados, em razão dos bloqueis das estradas.
De acordo com a CNC, os ramos de combustíveis e supermercados respondem por 47% do volume anual de vendas do varejo brasileiro. Os seis estados avaliados na pesquisa são responsáveis por 56% da receita dos dois segmentos, em nível nacional.
Segundo os cálculos da entidade, o prejuízo registrado durante o bloqueio do transporte de cargas representam 4,6% no faturamento mensal do setor supermecadista e 12,7% do faturamento médio mensal no segmento de combustíveis nas regiões avaliadas.
Com as perdas registradas pelos dois mais relevantes ramos do varejo, a CNC revisou sua expectativa do volume de vendas em 2018 de +5,4% para +4,7%.