O varejo paulista deve encerrar o ano de 2016 estagnado. Embora não seja um dado positivo, esse resultado, se confirmado, é melhor do que a previsão que se tinha no início do ano, que apontava recuo nas vendas, segundo Altamiro Carvalho, da assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
“Vivemos em 2016, no varejo paulista, dois cenários distintos. Um primeiro semestre muito ruim, dando continuidade à recessão que se iniciou lá em 2014. A partir de junho deste ano, começamos a registrar índices positivos de crescimento mensais, fazendo que a estimativa para o fechamento do ano se situe em torno de crescimento zero. De um lado, não haverá avanço, mas evitaremos, por outro, a expectativa traçada no início do ano que era de uma queda de 5% pelo terceiro ano consecutivo”, afirma o economista.
De acordo com ele, a expectativa para o Natal é de que as vendas fiquem no mesmo nível do registrado no ano passado. “As dificuldades ainda permanecem. Temos um nível de desemprego muito elevado e o 13º salário a ser injetado nesse ano será inferior ao do ano passado em termos reais por conta da queda na massa de rendimentos e no número de empregados, que não permite que haja uma expansão de vendas no Natal, mas também não devemos apresentar nenhuma queda.”
Carvalho avalia que o ano de 2017 ainda será difícil para o comércio no Estado de São Paulo em função da recessão econômica. A perspectiva de resultados positivos deve ser postergada para 2018.
“Para 2017, o comércio paulista tende a demonstrar um comportamento de vendas muito similar ao de 2016 dada a profundidade da crise e os ajustes intensivos que serão necessários para corrigir esta crise econômica. Essas medidas praticamente impedirão qualquer avanço em termos de crescimento no consumo”, explica Carvalho.
Fonte: FecomercioSP